O evento promovido pela Secretaria de Estado da Cultura reuniu pesquisadores, gestores e agentes culturais para três dias de atividades
Ao ritmo e alegria do Cacumbi de Mestre Deca, iniciou na manhã desta quinta-feira, 04, o Simpósio do XLIII Encontro Cultural de Laranjeiras. A apresentação de um dos mais tradicionais grupos da cultura popular do Município abriu o evento promovido pela secretaria de Estado da Cultura (Secult), no Campus de Laranjeiras da Universidade Federal de Sergipe (UFS), reunindo pesquisadores, gestores e agentes culturais para três dias de atividades.
O secretário de Estado da Cultura de Sergipe, João Augusto Gama e o prefeito de Laranjeiras, Paulo Hagenbeck, participaram da cerimônia de boas-vindas “É um prazer estar aqui abrindo este evento que é, talvez, o encontro cultural mais importante do país, tanto pela sua história, como por abrir o calendário cultural do ano”, considerou o João Augusto Gama. Já para o prefeito da cidade “o Simpósio compõe uma parte fundamental do tradicional Encontro Cultural de Laranjeiras”.
A abertura contou ainda com a participação do Mestre Zé Rolinha, do Presidente do Conselho Estadual de Cultura, Antônio Amaral, o diretor do Campus de Laranjeiras, Gilson Ranbelli e da vice-reitora da UFS, Iara Maria Campelo Lima. “Este é um evento de extrema importância, não só de valorização da cultura como da própria formação que a universidade quer proporcionar. A universidade tem esse papel de incluir o pensar cultural, que também faz parte do ensino”, afirmou.
Na primeira rodada de palestras, o secretário de Estado da Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, falou sobre a “Lei do Patrimônio Vivo – As experiências de Pernambuco” e destacou em sua fala um pouco do que é feito no Estado que é uma das referências na questão. “Os gestores precisam entender que a cultura é inerente a condição humana, e da mesma forma, a arte é um núcleo da cultura, e tem manifestações artísticas que vem para o bem, e outras que não. Então o desafio da política pública é ter responsabilidade nas escolhas para quais artistas e manifestações irá aplicar os recursos públicos”, ressaltou o gestor.
Mediando a mesa, o superintendente executivo da Secult, e ex-secretário de Cultura de Laranjeiras, Irineu Fontes, falou sobre a Lei dos Mestres do município, implantada na sua gestão. “Na época da implantação da Lei, pesquisamos exemplos de vários estados, e Pernambuco foi um deles. Atualmente temos mais de 120 grupos de cultura popular em Sergipe. Só em Laranjeiras são 25, por isso é muito importante valorizar e incentivar o trabalho destes fazedores da nossa cultura”, defendeu. A mesa contou ainda com a participação do mestre Dedé de Pernambuco, do mestre Zé Rolinha e da mestra Bárbara das Taieiras, ambos de Laranjeiras.
Demais debates
Ainda pela manhã, aconteceu a mesa “Patrimônio Imaterial: um debate aberto”, apresentada pelo professor da UFS e membro do conselho Estadual de Cultura, Fernando Aguiar e pelo representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Sergipe (Iphan-SE), Edílio José Soares Lima.
Pela tarde, o destaque será a apresentação do Largo da Gente Sergipana, que será realizada pelo superintendente do Instituto Banese, Ézio Déda, além de um debate sobre “As festas tradicionais e os diferentes processos de atualização”, com a presença de Oswaldo Trigueiro (PB) e de Oswaldo Barroso (CE). Consta ainda na programação a apresentação do espetáculo Dando Nó em pingo D’água”, do Eitcha Companhia de Teatro.
O Simpósio é realizado através de recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Cultural e Artístico (Funcart), aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura, e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Laranjeiras, Instituto Banese, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Sergipe (Iphan-SE), Fundação Nacional de Artes (Funarte), Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE) e Serviços Gráficos de Sergipe (Segrase).
Agência Sergipe de Noticias