Vídeos viralizados na internet apontam presidiários como articuladores do terror.
A ordem foi dada e cumprida com o “Salve Geral”. Revoltados com a suspensão das visitas íntimas nos presídios, detentos prometeram mostrar que mesmo encarcerados têm poder e conseguiram piorar a sensação de impunidade em Sergipe.
Dois ônibus incendiados em Itabaiana, um em Lagarto e um em Aracaju, além de assaltos, tiroteio e arrastões foi o saldo, conhecido pela população, da noite da última quinta-feira (01) em distintos municípios, marco inquestionável de um momento de tensão talvez jamais vivido.
Para quem presenciou o ônibus escolar que transporta os estudantes de Malhador para a cidade serrana parcialmente em chamas, o medo teve que ser substituído pela coragem e de meros cidadãos os transeuntes foram a bombeiros.
Um dos vídeos que viralizou nas redes sociais mostra proprietários de veículos com extintores nas mãos impedindo que o princípio de incêndio em um dos transportes escolares estacionado nas imediações do Calçadão Doutor Airton Teles se alastrasse por todo o carro e fosse totalmente perdido.
Já na Rua João Francisco da Cunha, nas imediações do Sesi, a situação foi mais complicada e o ônibus ficou totalmente queimado, sendo necessário a presença dos bombeiros e da polícia militar no local.
Um alerta do “Salve Geral” foi enviado através de áudio nas redes sociais por um policial civil que, preocupado em manter a integridade física dos cidadãos, sugeriu cautela, mas a informação foi desconsiderada e as ameaças se consolidaram.
O policial? De defensor da ordem passou a culpado e uma nota assinada pelo delegado geral da polícia civil no estado, Alessandro Vieira, atestou o afastamento do agente e encaminhamento do fato à corregedoria da PC, mas o agravante ficou para a afirmação de “inexistência do Salve Geral”.
Se não houve o “Salve Geral”, com o caos na segurança pública certamente há, DIARIAMENTE, o salva-se quem puder.
Por Iane Gois/Portal Itnet