A Secretaria de Estado da Educação realizou nesta quinta-feira, 30, mais uma Formação Continuada aos Alfabetizadores-Coordenadores do Programa Sergipe Alfabetiza Mais (AMA), ação que tem como objetivo refletir, reestruturar, analisar e construir o planejamento com propostas de atividades que contemplem o aprendizado dos alfabetizandos, numa perspectiva de reduzir o analfabetismo em Sergipe. O evento foi realizado no auditório do Órion Hotel, no bairro Coroa do Meio, em Aracaju.
Ao todo participaram 70 alfabetizadores-coordenadores de 53 municípios, além de representantes de secretarias municipais e instituições como a Pastoral da Criança e o Sistema Prisional. De acordo com a coordenadora pedagógica do programa, Givelda Araújo, atualmente o AMA possui 430 alfabetizadores e cerca de 4 mil alunos frequentando as aulas, que recebem material escolar e merenda. As aulas tiveram início em setembro e se estenderão até maio de 2018.
Givelda Araújo destacou a importância desse terceiro encontro de formação, de um total de oito. “Os alfabetizadores motivam os alunos a ficar em sala de aula. Vamos desenvolver atividades em meio a um planejamento eficaz para que os alfabetizadores estejam preparados para aplicar em sala de aula o que foi ensinado aqui”, explicou.
Atividades
Após a recepção dos cursistas e o comunicado geral da coordenação pedagógica, os participantes assistiram a uma explanação do projeto temático “O Luxo do Lixo”, ministrada pela coordenadora de polo Rosemeire Siqueira de Santana. “Nós temos a reponsabilidade pelo meio ambiente. Não basta apenas estar no ambiente, temos que modificar as ações de cada alfabetizando. Nossa ideia é informar e cultivar o hábito constante dessas novas ações. E sobre essa formação, acredito que é necessário se reunir a cada mês para verificar se o que foi passado no encontro anterior houve avanço, se há alguma dificuldade e também trocar experiências”, disse.
Quem também ministrou palestra foi a especialista em Educação Infanto-juvenil, Gilvanete Cavalcante Almeida. Ela passou aos coordenadores de turmas informações sobre concepções de linguagem. Para ela, esse processo que é feito paulatinamente nos interiores, nas comunidades, é muito importante. “Nós fazemos o papel de multiplicadores, passamos aos coordenadores, que repassam aos alfabetizadores, que levam as informações às comunidades mais distantes. É sem dúvida uma prioridade para a educação”.
A coordenadora de turma em Itabaiana, Katiene Andrade Mendonça, participou deste encontro e disse ser bastante esclarecedor. “Com essas formações, vamos passar aos nossos alfabetizadores orientações para eles saberem como trabalhar com os alunos em sala de aula. Não é fácil, pois os nossos alunos são pessoas já de idade avançada, que há muito tempo não frequentam a escola, então temos que ter todo um procedimento diferenciado”, afirmou.
A mesma opinião sobre a formação foi compartilhada por Edivânia Barreto Pereira, coordenadora de polo em Frei Paulo. “É muito interessante participarmos da formação, porque vamos aprimorando nossos conhecimentos, aprendendo novas técnicas para segurar os nossos alunos em sala de aula, assim como auxiliar o alfabetizador a incentivar os alunos a aprender e sempre conhecer mais um pouco da realidade. A cada capacitação a gente se motiva mais a ajudar os nossos alfabetizadores”, declarou.
Por Ítalo Marcos