Produtores solicitaram ajuda do governo para renovação da licença necessária para o funcionamento da carcinicultura, que é o cultivo de camarão em cativeiro
O governador Jackson Barreto recebeu no começo da tarde desta quarta-feira, 17, representantes da Associação de Carcinicultores de Nossa Senhora do Socorro, que apresentaram um pleito referente à licença ambiental sob a responsabilidade da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema). Os produtores solicitaram ajuda do governo para renovação da licença necessária para o funcionamento da carcinicultura, que é o cultivo de camarão em cativeiro, naquela região. Segundo informou a advogada da associação, Robéria Silva, os produtores estão com uma ação na Justiça e buscaram o diálogo com o governo para resolver a questão.
O governador Jackson Barreto afirmou que o Estado busca orientar e incentivar os criadores de camarão, pois tem a obrigação de auxiliar este importante segmento produtivo e sugeriu que o grupo se reunisse com o presidente da Adema, Almeida Lima, para buscar uma solução mais efetiva para o caso. A nova reunião ficou definida para o dia 30 de agosto. “Estou aqui atendendo a um pedido da associação, com a minha responsabilidade de governador. Acho que esta é uma questão social e um assunto que interessa ao Estado, pois diz respeito ao trabalho de muita gente”, concluiu o governador.
A representante jurídica da Associação elogiou o posicionamento do governador. “Foi perfeito, ele sempre se posicionou de forma favorável em relação aos carcinicultores, nunca colocou nenhum tipo de obstáculo desde que fosse observada a legalidade da atividade. E é isso que a associação veio buscar aqui, tudo dentro da legalidade, pedir apoio diante das demandas que estão existindo judicialmente e nos colocarmos para um diálogo. Construirmos um trabalho sério, que foi iniciado há dois anos, em relação a carcinicultura no Estado de Sergipe e a sua regulamentação ambiental”, disse Robéria Silva ao final da audiência.
Carcinicultura
Somente em Socorro, segundo informações dos membros da associação, são cerca de 300 pequenos produtores, envolvendo diretamente mais de mil pessoas no cultivo de camarão. A atividade é um dos setores agrícolas que mais empregam na região. O Instituto Chico Mendes relata que esta é uma das atividades que mais crescem no Brasil e, em especial, no Nordeste. O desafio, segundo esta ONG, é aliar esse crescimento econômico a práticas que garantam uma sustentabilidade técnica e socioambiental, reduzindo, ao máximo, os impactos negativos.
Fonte: Agência Sergipe de Noticias