
Presidente do COB é acusado de ser ‘agente responsável’ por repassar propina a dirigentes africanos em troca de votos para Rio sediar Jogos Olímpicos
A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta-feira o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, em investigação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, informou a PF.
Além de Nuzman, o ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016 Leonardo Gryner também foi preso, acrescentou a PF em comunicado. A ação desta quinta é um desdobramento da Operação Unfair Play, deflagrada há um mês. Os mandados expedidos são de prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias. A PF também cumpre seis mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.
Nuzman, de 75 anos, na primeira fase havia sido alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa no Rio de Janeiro e levado à PF para prestar depoimento no início de setembro após deflagração da Unfair Play pela PF e pelo Ministério Público Federal em parceria com a procuradoria francesa. Segundo a PF, Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
As autoridades dizem que Nuzman foi o “agente responsável” por viabilizar repasse de propina do grupo criminoso do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para a compra de votos de dirigentes africanos na eleição de 2009 do Comitê Olímpico Internacional (COI) para escolha da sede dos Jogos de 2016. Nuzman nega ter cometido qualquer irregularidade.
Fonte: Veja.com