Localizado no Agreste do Estado de Sergipe, no povoado Lagoa do Forno, município de Itabaiana, o Frigo Serrano está em pleno funcionamento com uma estrutura moderna e tecnologia de ponta para atender pequenos e grandes produtores de 34 municípios sergipanos. A indústria foi inaugurada no final de junho, respeitando todas as exigências ambientais e sanitárias do mercado de carnes, como higiene, refrigeração e inspeção por veterinário.
A responsável técnica pelo Controle de Qualidade, Juliana Mota, explica que existe uma série de normas que precisam ser respeitadas para garantir a qualidade da carne que vai à mesa dos consumidores. “O Estado de Sergipe, na maior parte do ano, registra altas temperaturas, o que propicia na carne in natura um maior risco de proliferação de bactérias. Se a carne não estiver refrigerada a 7 graus, como preconiza a portaria 304 do Ministério da Agricultura, em menos de 24 horas ela se tornará imprópria para consumo. Por isso, o manuseio precisa ser feito em local adequado, respeitando sempre as regras de boas práticas, tais como cortes, embalagem e transporte em caminhões frigoríficos adequados”, afirmou.
O acondicionamento e transporte da carne é apenas uma das fases da produção. No Frigo Serrano existe uma equipe de auxiliares que são orientados por veterinários de plantão da Emdagro, que fazem a inspeção dos produtos durante todo o processo de abate até a saída para o destino final. Quando o gado chega, de imediato é feita a verificação do Guia de Trânsito Animal (GTA), que é o documento que permite o controle da movimentação desses animais e os registros de vacinas obrigatórias.
De acordo com Juliana Mota, antes de ser abatido, o animal vivo precisa passar pela inspeção ante mortem para verificação das suas condições físicas. “Um animal que tenha se machucado durante o transporte tem prioridade na ordem de abate. Se for detectado algum indivíduo com suspeita de enfermidade ele é isolado no curral de observação, recinto este longe dos demais, para que se faça exames mais precisos. Os animais em condições normais seguem o fluxo pré-abate, lembrando que o tempo de descanso e dieta hídrica é de no mínimo 12 horas. Esses procedimentos também vão garantir a qualidade da carne”, disse.
Todos os procedimentos realizados no Frigo Serrano atendem as exigências do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal (RIISPOA) do Ministério da Agricultura. A indústria gerará 120 empregos diretos quando a capacidade de abate estiver cheia. As instalações são higiênicas, em conformidade com as normas sanitárias, e a indústria conta com lagoas de estabilização para tratamento biológico dos resíduos, respeitando o meio ambiente.
Por André Carvalho