O Núcleo de Grandes Eventos da Polícia Civil do Rio de Janeiro começou a desarticular a segunda quadrilha internacional de cambistas em menos de 72 horas. Os dois grupos, distintos, atuam na revenda de ingressos para os Jogos Olímpicos. Horas antes da Cerimônia de Abertura, na última sexta-feira, um irlandês ligado à THG Sports foi preso e uma mulher detida, como revelou o site de VEJA. No fim de semana, os alvos foram de origem francesa. Os agentes prenderam três pessoas, que ainda não tiveram seus nomes divulgados, próximo a duas das principais áreas de evento: o Engenhão e o Parque Olímpico.
A Polícia Civil vai dar uma entrevista coletiva hoje para explicar como atuavam os dois grupos. O site de VEJA apurou, entretanto, que a uma brasileira está sendo investigada por integrar a quadrilha de franceses. Isso porque alguns ingressos que estavam sendo revendidos no mercado negro haviam sido comprados em seu nome. A conexão foi feita porque bilhetes com o nome da mesma compradora foram encontrados com franceses diferentes.
Ingressos em cofre de hotel
– Em relação aos presos da última sexta-feira, a Justiça divulgou o nome de um deles: é o irlandês Kevin James Marlen. Autuado em flagrante enquanto comercializava bilhetes para a cerimônia de abertura por até 25 000, ele teve a prisão temporária foi expedida pelo juiz Roberto Faria de Souza, do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos. A busca e apreensão feita em seu quarto no Hotel Next Flat, na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, também encontrou, dentro de um cofre, mais de 500 ingressos para praticamente todos os eventos da Olimpíada, inclusive os mais concorridos.
Outra detida no mesmo dia foi uma brasileira, que acabou autuada pela prática do crime de Marketing por Emboscada previsto na Lei Excepcional das Olimpíadas 2016. Funcionária da THG há três meses, ela foi contratada pra atuar como intérprete.
Kevin James Mallon é um dos diretores da empresa THG, controlado pelo grupo do inglês Marcos Evans, o mesmo que estava envolvido com a máfia dos ingressos na Copa do Mundo de 2014 , quando o próprio presidente da empresa, James Sinton, acabou preso. Após pagar fiança, ele foi embora do Brasil e não voltou mais.
Fonte: Veja.com