As forças de segurança da França detiveram um suspeito do atropelamento de seis militares em Levallois-Perret na manhã desta quarta-feira, indicou a rede BFM TV. As informações são da agência de notícias EFE.
De acordo com a emissora, o homem resistiu à prisão e foi ferido a bala em uma rodovia. A BFM TV disse que a identidade do indivíduo, que está em estado grave, está sendo analisada.
Hoje, por volta das 8h (horário local, 3h em Brasília), o motorista de uma BMW atropelou um grupo de militares que saia do quartel e fugiu em seguida. Ao todo, seis soldados ficaram feridos.
O ministro de Interior da França, Gérard Collomb, descartou que o atropelamento tenha sido acidental.
As câmaras de segurança da região gravaram a ação e confirmaram que o motorista estava sozinho, mas, segundo a imprensa, não é possível ver o rosto do agressor.
Deliberado
Collomb também descartou que o atropelamento tenha sido um acidente e considerou que foi um ato “deliberado”. Sobre o estado de saúde dos agentes atropelados, o ministro disse que é melhor do que o imaginado.
No hospital militar de Bégin, onde estão internados três dos feridos, Collomb disse que o atropelamento ocorreu em um quartel da guarda antiterrorista nos arredores da capital francesa.
Um carro que circulava pelo bairro em baixa velocidade acelerou contra um grupo de dez militares quando estava a cerca de 100 metros do mesmo.
Os agentes estavam se preparando para iniciar sua ronda, como parte do dispositivo militar desdobrado no país após os atentados de 2015.
Esse modo de agir leva as autoridades a pensar que “é um ato deliberado”, indicou Collomb, que apontou que é a sexta vez que o dispositivo militar antiterrorista é atacado desde a sua criação.
O ministro afirmou que há um grande desdobramento policial em busca do carro e do motorista, única pessoa vista pelos militares dentro do veículo.
Collomb, que foi ao hospital acompanhado da ministra da Defesa, Florence Parly, apontou que o estado de saúde dos militares era menos grave do que se imaginava num primeiro momento.
Florence relatou que os agentes sofreram “arranhões” em várias partes do corpo, enquanto os mais afetados, que estão internados no hospital militar de Percy, na localidade de Clamart, “não estão gravemente feridos”.
Os dois ministros concordam que este ataque demonstra que o nível de ameaça na França é “extremamente grade” e que a missão militar de vigilância antiterrorista é “mais necessária do que nunca”.
Collomb, que disse que neste ano foram evitados sete atentados, afirmou que a nova força de combate antiterrorista preparada pelo governo permitirá desarticular outros ataques e fará com que “as condições de segurança do país melhorem”.
Da EFE