O dia 19 de julho de 2017 vai ficar marcado para a literatura de cordel sergipana. Na noite desta quarta-feira, 19, foi inaugurada a Academia Sergipana de Cordel – Patrono João Firmino Cabral. A solenidade foi realizada no Museu da Gente Sergipana e contou com autoridades, políticos, imprensa e familiares dos cordelistas. O presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju, Silvio Santos, compôs a mesa representando o prefeito Edvaldo Nogueira.
“O cordel é um pedaço fundamental da nossa cultura nordestina e brasileira e todos os cordelistas devem ser reconhecidos pela grandeza dessa arte e pelo o que isso significa para a nossa tradição. São pessoas que lutam pelo fortalecimento dessa cultura, para difundir sua arte e merecem muito essa conquista da instauração da Academia Sergipana de Cordel. Uma arte que precisa ser cada vez mais valorizada e o nosso papel como representante de um órgão cultural é dar a maior atenção possível”, destacou Silvio Santos.
A cerimônia iniciou com uma apresentação do coral Vivace na escadaria do museu e logo depois o público seguiu para o auditório onde acompanhou uma interpretação da canção Asa Branca no violão pelo cordelista Flávio Américo Tonetti. Em seguida, teve início a solenidade de nomeação da presidente Izabel Nascimento e dos acadêmicos.
“É uma sensação de felicidade e muito compromisso. É algo que nos realiza enquanto poetas porque é um passo importante para o cordel sergipano e acima de tudo uma responsabilidade. É um dia marcante também por ser o 19 de julho o Dia do Cordelista, uma data que celebra a memória de João Firmino Cabral. Também foi o dia da posse dele na Academia Brasileira de Cordel. Nossa academia tem ele como patrono e já começa grande pelo nome e memória de João Firmino Cabral”, comemorou a presidente Izabel Nascimento.
Foram empossados 37 acadêmicos na inauguração da Academia Sergipana de Cordel. Entre eles, o jornalista Thiago Barbosa, que é um apaixonado pelo cordel e utiliza a literatura para contar as notícias do dia a dia.
“A implementação da Academia Sergipana de Cordel é um marco para a nossa cultura. Vai ajudar a fomentar ainda mais a produção literária local e isso é muito representativo. Sinto-me muito honrado em fazer parte disso porque o cordel entrou na minha vida há 15 anos, primeiramente como um leitor e admirador e, a partir daí, comecei a escrever e procurei levar o cordel na minha vida e na minha função de jornalista. Passei a utilizar muito a literatura de cordel para escrever matérias e contar histórias”, ressaltou o jornalista.
Agência Aracaju de Noticias