
Instituto avaliou o ensino da Língua Portuguesa e Matemática em 17 escolas públicas que oferecem o ensino médio integral
Professores de Língua Portuguesa e Matemática das 17 escolas da rede estadual de ensino que ofertam o ensino médio em tempo integral conheceram, na manhã desta terça-feira, 18, os resultados de um diagnóstico feito pelo Instituto Qualidade no Ensino (IQE). O evento foi realizado no Comfort Hotel Aracaju e a apresentação foi feita pelos professores do IQE, Fátima Nascimento, Suedy Azevedo e Graça Brito. A avaliação foi realizada nos meses de maio e junho de 2017.
A coordenadora do Núcleo de Gestor das Escolas de Ensino Integral (NGETE/DED/Seed), Francis Alves, fez um balanço positivo da avaliação realizada pelo IQE, pois através dela será possível ter uma melhor noção da situação dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática. Ela destacou que essas devolutivas não têm a intenção de fazer uma avaliação punitiva, mas sim qualitativa.
“O intuito foi identificar as habilidades em que os estudantes estão encontrando maior dificuldade na sua aprendizagem e reforçar junto com as práticas pedagógicas, para que os professores possam conseguir recuperar os estudantes no que foi identificado onde eles possuem maior fragilidade”, explicou.
Ainda de acordo com Franci Alves, a partir desse diagnóstico os professores poderão ter o resultado por escolas, por turma e por estudante. “O professor, de maneira individualizada, vai saber determinar em quais habilidades o estudante está com alguma dificuldade”, disse.
Além dos resultados da avaliação, os representantes do instituto ainda apresentaram uma metodologia que servirá de apoio pedagógico para os professores do ensino médio em tempo integral. O objetivo do diagnóstico foi fazer um apanhado das habilidades em que os alunos possuem mais dificuldades e propor soluções para melhorar o ensino e a aprendizagem.
Melhoria do ensino
A professora do Instituto Qualidade no Ensino, Fátima Nascimento, afirmou que o propósito dessa avaliação é garantir uma visão melhor do ensino de Língua Portuguesa e Matemática. “A partir disso nós podemos definir que passos nós devemos dar para resgatar esse conhecimento adquirido pelo aluno e fazer com que isso se reverta em melhor qualidade, em um aluno de ensino médio com melhor conhecimento, com mais condições de trabalhar, pois hoje é tão importante que ele saiba ler, escrever e contar”, disse.
Além do diagnóstico, o IQE apresentou uma metodologia básica que servirá de apoio pedagógico para os alunos. “É um material de apoio que irá subsidiar o professor, junto com tantas outras atividades. É mais uma coisa que irá agregar para que ele possa desenvolver o seu trabalho da melhor maneira possível”, declarou.
O professor Carlos Alexandre Nascimento Aragão, do Colégio Estadual 28 de Janeiro, em Monte Alegre, falou sobre a importância desse diagnóstico. “Esse feedback da avaliação que os nossos alunos tiveram é importante porque, a partir dele, nós vamos poder replanejar e criar novas estratégias para atingir outras metas para o desenvolvimento, tanto da leitura quanto da escrita”, disse.
A mesma opinião foi compartilhada pela professora Simone Regina, do Colégio Estadual Atheneu Sergipense. “Nós percebemos as necessidades que o aluno tem em relação às deficiências que são notadas em sala de aula. A partir desse diagnóstico que é feito dentro desse parâmetro, conseguimos perceber o que a gente vai trabalhar daqui por diante. É necessário que tenhamos esse retorno que foi feito logo no início do ano letivo”, destacou.
Escolas envolvidas
O trabalho realizado pelo Instituto Qualidade no Ensino (IQE) atingiu 3.436 alunos de 17 escolas de Aracaju e do interior: Atheneu Sergipense, Dom Luciano, Centro de Excelência Professor José Carlos de Sousa, José Rollemberg Leite, Ministro Marco Maciel, Senador José Alves, Santos Dumont, Vitória de Santa Maria, 28 de Janeiro, Manoel Messias Feitosa, Joana de Freitas Barbosa, Professor Hamilton Alves Rocha, Professor Nilson Socorro, Maria das Graças Moura, João de melo Prado, Professor Raimundo Mendonça e Marechal Pereira Lobo.
Por Ítalo Marcos