No Hemocentro de Sergipe (Hemose), gerenciado pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), uma única bolsa de sangue pode representar esperança para até quatro pessoas diferentes. Isso é possível graças à separação dos hemocomponentes, partes específicas do sangue utilizadas conforme a necessidade clínica de cada paciente.
Logo após a coleta, o sangue total é encaminhado ao setor de fracionamento, onde passa por processos que separam hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado. Cada componente tem aplicação distinta: enquanto as hemácias são essenciais em casos de anemia e cirurgias, as plaquetas são fundamentais para pacientes com leucemia ou em tratamento quimioterápico. Já o plasma e o crioprecipitado são utilizados em situações como queimaduras graves, distúrbios de coagulação e doenças hepáticas.
Segundo a superintendente do Hemose, Fernanda Kelly Fraga, o processo técnico é fundamental, mas tudo começa com a generosidade de quem doa. “A doação de sangue é um gesto simples, mas que carrega um poder imensurável. Ao separar os hemocomponentes, conseguimos atender pacientes com diferentes necessidades clínicas. Por isso, reforçamos sempre a importância da doação regular, especialmente em períodos críticos de estoque”, destacou.
A manutenção dos estoques de sangue depende do comparecimento constante de voluntários. Por isso, o Hemose realiza campanhas contínuas de conscientização para estimular a cultura da doação regular e espontânea, que garante a segurança transfusional em todo o estado.
Serviço
O Hemose está localizado na Rua Quinze, s/n, bairro Capucho em Aracaju, e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h. Para doar, é preciso estar em boas condições de saúde, pesar acima de 50 kg e ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 com autorização dos responsáveis).
É importante lembrar que o intervalo de tempo entre doações de sangue é de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres. Por isso, recomenda-se que os homens doem até quatro vezes por ano e as mulheres até três vezes.