Para fortalecer e levar ainda mais visibilidade para a arte, cultura e culinária sancristovense, o município de São Cristóvão está sendo representado na segunda edição da ‘Casa dos Sabores e Fazeres’, disponível para visitação gratuita no Espaço Cultural do Projeto Tamar de Aracaju, encontrado na lateral do Oceanário, na Orla da Atalaia, em Aracaju. A feira, que conta com a presença de artesãos de 26 municípios sergipanos, acontece até o próximo domingo (13), das 10h30 às 17h.

A ‘Casa dos Sabores e Fazeres’ é uma iniciativa do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), em parceria com a Fundação de Cultura e Arte Aperipê e o Projeto Tamar, planejada com o objetivo de fomentar o cenário cultural e econômico do estado, incentivando a criatividade, a identidade e a força do empreendedorismo regional.
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O coordenador de Turismo de São Cristóvão, Diego Souza, reforçou a importância de trocar experiências com outros municípios sergipanos e aproveitar espaços comunitários para chamar a atenção da arte sancristovense a novos olhares. “Nosso objetivo é apresentar uma amostra representativa do artesanato e da gastronomia local, despertando o interesse dos visitantes em conhecer de perto a rica cultura e as tradições da cidade de São Cristóvão, a cidade mãe de Sergipe”, destacou.
Diego Souza, coordenador de Turismo de São Cristóvão/ Foto – Dani Santos
Representando São Cristóvão, estão sendo expostos trabalhos de artesãs de duas instituições importantes para a tradição da cidade: a Casa dos Saberes e Fazeres, equipamento da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fumctur), e a Associação Mãos que Pensam, organização independente que reúne 18 associadas. Além da Cidade Mãe de Sergipe, podem ser apreciados trabalhos de Aracaju, Simão Dias, Lagarto, Divina Pastora, Itaporanga d’Ajuda, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, Areia Branca, Propriá, Pacatuba, Pirambu, Poço Verde e Estância.
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Para Simone Gonçalves, diretora da Associação Mãos que Pensam, espalhar sua arte pela cidade é um sonho realizado e uma ferramenta de emancipação de seu desejo e sustento. Segundo ela, projetos como este são muito importantes para levar visibilidade e crescimento aos artesãos, que, como ela, mostram a potência de seus saberes.
“É uma oportunidade de mostrar tudo isso aos visitantes que vêm à Orla, que nos visitam e passam a conhecer a nossa história, a nossa vivência e a nossa cidade, que é tão rica em conhecimento e turismo. São Cristóvão é uma cidade com um patrimônio belíssimo. Aqui, a gente está apresentando, vendendo e informando sobre tudo isso, nos fortalecendo como artesãos, e também valorizando a gastronomia local”, afirmou.
Simone Gonçalves, diretora da Associação Mãos que Pensam (à esquerda)
Já Dani Araújo, designer de acessórios que integra a Casa dos Saberes e Fazeres de São Cristóvão, ressaltou que representar um coletivo de artesãs com um trabalho que tanto fala sobre a cidade é necessário para perpetuar histórias e tradições de sua terra e suas famílias. “É sempre importante sair da nossa casa, para trocar experiências e mostrar nosso trabalho, que fazemos com muita dedicação e amor”, realçou.
Dani Araújo, artesã
André Amaral, idealizador da cervejaria artesanal Caju Brew, também marcou presença para divulgar um mais um produto sancristovense, provando que tradição é inovação podem andar juntos para enriquecer a cultura gastronômica da cidade:
“É fundamental termos essas oportunidades de demonstrar o nosso produto, fazer esse networking com outros participantes e também mostrar para o público o que a gente produz. Eu tento sempre trazer da cervejaria o máximo de experiências sensoriais diferentes que a gente pode oferecer. Além das cervejas autorais, também trago opções mais tradicionais, alemãs e americanas, para que a população possa conhecer sabores variados da nossa produção local”.
André Amaral, idealizador da cervejaria artesanal Caju Brew
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Junto à feira de artesanato, que expõe artes em crochê, madeira, palha, bordados e comidas típicas como doces, biscoitos e bebidas artesanais, o evento ainda promove apresentações culturais e realizações de oficinas, unindo a coletividade e o viés educativo do espaço. De acordo com Léa Duarte, assessora técnica da Secretaria do Estado de Turismo e consultora do SEBRAE, esse movimento existe há quatro anos e partiu da necessidade de demonstrar o trabalho que já era feito nos bastidores com os artesãos, produtores da economia criativa, marisqueiras, produtores da agricultura familiar.

“Com a passagem da pandemia, sentimos a necessidade de dar mais visibilidade a essas pessoas, que são realmente a alma daquilo que a gente consome enquanto sergipanos, da nossa sergipanidade. Então, esse projeto foi pensado justamente para ser vitrine dessas pessoas maravilhosas que estão por trás de tudo que a gente consome aqui no nosso estado”, enfatizou a consultora.
Léa Duarte, assessora técnica da Secretaria do Estado de Turismo e consultora do SEBRAE
A turista Milânia Andrade, natural de Nossa Senhora da Glória, mas que mora há oito anos na Nova Zelândia, aprovou a iniciativa, pois foi uma oportunidade de apresentar uma vastidão de elementos tão importantes para a cultura de seu estado a seus filhos, que estão crescendo em outro país. “Eu me surpreendi, porque vim visitar o Projeto Tamar e está tendo a feira com todos os produtos de São Cristóvão e outros municípios. Então, dessa forma, eu posso inserir ainda mais a nossa cultura aos meus filhos, mostrar a cultura do nosso estado a eles, com todas essas delícias e artesanato”, alegrou-se.
Milânia Andrade, turista
Por Clara Dias