Iniciativa integra conjunto de quatro encontros virtuais voltados ao fortalecimento da vigilância em saúde bucal no estado
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e do Telessaúde Sergipe, deu continuidade nesta quarta-feira, 14, ao ciclo de capacitações voltadas às equipes de saúde bucal, por meio de uma webpalestra destinada aos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS). O objetivo é ampliar a capacidade de reconhecimento das lesões mais comuns relacionadas ao câncer de cavidade oral.
A iniciativa, aberta a cirurgiões-dentistas e demais trabalhadores da rede pública, integra um conjunto de quatro encontros virtuais voltados ao fortalecimento da vigilância em saúde bucal no estado. A segunda palestra do ciclo abordou o tema “Lesões Suspeitas de Câncer na Cavidade Oral”, trazendo detalhes sobre os tipos de lesões mais prevalentes e reforçando a importância da observação clínica, da busca ativa e do encaminhamento precoce dos casos suspeitos para diagnóstico especializado.
De acordo com a coordenadora estadual de Saúde Bucal, Ana Paula Vieira, a webpalestra trouxe um alerta necessário diante do crescimento dos casos. Ela explicou que, embora o diagnóstico não seja atribuição direta da APS, é fundamental que os profissionais reconheçam alterações suspeitas. “É uma preocupação nossa enquanto Estado, por conta do crescimento do câncer de cavidade oral. Com essa webpalestra, estamos aproximando as equipes da realidade e mostrando situações clínicas reais, manchas, lesões e alterações, para que eles consigam reconhecer precocemente e, quando necessário, encaminhar os pacientes aos Centros de Especialidades Odontológicas”, enfatizou.
Segundo a cirurgiã-dentista e especialista em cirurgia bucomaxilofacial, Daniela Menezes, a rapidez no reconhecimento dessas lesões pode fazer toda a diferença no tratamento: “Quando falamos em câncer oral, o tempo é essencial. Quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de cura e menos invasivo tende a ser o tratamento. Cabe a nós, profissionais da saúde bucal, identificar as lesões suspeitas e garantir que o paciente seja encaminhado aos centros especializados para biópsia e, sendo o caso, iniciar o tratamento nas Unidades de Alta Complexidade em Oncologia”.
Fonte: ASN