A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), realizou nesta quarta-feira, 26, oficina de qualificação e monitoramento de indicadores das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), toxoplasmose e hepatites virais. A capacitação reuniu coordenadores da Atenção Primária à Saúde (APS) e da Vigilância Epidemiológica de diferentes regiões de Saúde do estado.
O objetivo da iniciativa é fortalecer a vigilância epidemiológica e aprimorar a qualificação dos profissionais de saúde, garantindo um monitoramento mais eficaz das doenças. A partir da capacitação, os gestores municipais passam a ter maior compreensão sobre o perfil epidemiológico de suas regiões, permitindo a implementação de estratégias adequadas para prevenção e tratamento.
De acordo com a gerente de doenças transmissíveis, Gisa Ávila, a iniciativa visa qualificar profissionais para analisar os indicadores de saúde e traçar estratégias que melhorem a atenção em saúde nos territórios. “O objetivo é instrumentalizar os participantes para que possam modificar o perfil epidemiológico das regiões e aprimorar o atendimento. Estamos trabalhando não apenas os indicadores, mas também as estratégias de enfrentamento dessas doenças”, destacou.
Ainda de acordo com Gisa Ávila, a oficina também abordou o HTLV, que pode ser transmitido sexualmente ou por transmissão vertical, da mãe para o bebê. “É fundamental discutir o manejo clínico desses casos para evitar complicações futuras. Além disso, a capacitação permite monitorar a incidência dessas doenças e implementar políticas públicas eficazes para combatê-las”, acrescentou Gisa.
Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município de Cedro de São João, Marília Freire, a capacitação fortalece a integração entre os municípios e a SES. “Esse momento é essencial para reforçar o fluxo de notificação e vigilância das ISTs, hepatites virais e toxoplasmose. Muitos coordenadores são novos na função, e a vigilância epidemiológica exige conhecimento técnico. Esse tipo de capacitação nos ajuda a aprimorar a atuação e a garantir um trabalho mais eficaz. Não existe município sem agravo. O que existe é a falta de notificação e de busca ativa. A Vigilância Epidemiológica precisa estar alinhada com a Atenção Primária para garantir um monitoramento eficaz”, afirmou.
O enfermeiro e coordenador de Vigilância Epidemiológica do município de Nossa Senhora de Lourdes, Sávio Farias, destacou a importância de capacitar as equipes para o acolhimento adequado dos usuários. “As doenças sexualmente transmissíveis ainda são um tabu na sociedade. Muitas famílias recebem o diagnóstico de forma inesperada, seja durante a gestação ou com o avanço da doença. Precisamos estar preparados para orientar, acolher e garantir um acompanhamento adequado”, pontuou.
Fonte: ASN