Cirurgia foi o primeiro hospital de Sergipe a realizar técnica inovadora para pacientes assistidos pelo SUS_
Referência em pioneirismo e qualidade no tratamento cardiológico em Sergipe, o Hospital de Cirurgia (HC) completou um ano da implementação da cirurgia cardiovascular minimamente invasiva – técnica moderna e inovadora que oferece recuperação mais rápida aos pacientes cardíacos assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até o momento, dez pacientes foram submetidos ao procedimento. Para 2025, a expectativa da unidade hospitalar é ampliar o número de operações.
A técnica consiste em uma pequena incisão de poucos centímetros, substituindo a cirurgia cardíaca tradicional, que exige a abertura do tórax e cortes de até 25 centímetros para chegar até o coração. Entre os benefícios estão menos dor, menor tempo de internação e retorno mais ágil às atividades diárias. O HC foi o primeiro hospital de Sergipe a adotar o método, em 21 de dezembro de 2023, sob o comando do cirurgião cardiovascular Dr. Wilson Félix, único especialista na área no estado à época.
Embora seja segura, eficiente e tenha várias vantagens, a técnica da cirurgia cardíaca minimamente invasiva não é indicada para todos os casos. Pacientes com múltiplas obstruções arteriais, que exigem revascularização ampla, continuam sendo tratados com a operação convencional.
“Completamos um ano dessa técnica que é uma opção terapêutica para pacientes que necessitam operar o coração. Utilizamos acessos laterais, com incisões menores, o que gera benefícios importantes, principalmente na recuperação a curto prazo. Com muito orgulho da equipe, já fizemos dez cirurgias, sendo que tem estados que nem fazem ainda esse procedimento. Então, é um número expressivo”, destaca Dr. Wilson Félix.
Mais cirurgias em 2025
Neste ano, a tendência é aumentar mais o número de cirurgias cardíacas minimamente invasivas no HC, visto que outros médicos que compõem a equipe de Cirurgia Cardíaca da unidade estão se habilitando na técnica. “O hospital está disponibilizando muito material e os cirurgiões estão se habilitando no método. Até então, só tinha eu que operava em Sergipe. Mas, recentemente, o doutor Ivan Espínola se habilitou e o doutor Rafael do Amor está entrando agora na habilitação. Com esse grupo, capitaneado pelo doutor Roberto Cardoso (chefe da Cirurgia Cardíaca no Hospital de Cirurgia), temos uma perspectiva muito boa de aumento significativo da cirurgia cardíaca minimamente invasiva em 2025”, informa Dr. Wilson Felix.
Tratamento completo e recuperação rápida
Entre os pacientes beneficiados pela técnica inovadora está Ilda Lucia Gonzaga, moradora do Rio de Janeiro, que recebeu alta apenas sete dias após a cirurgia. Durante uma visita a Aracaju para comemorar as festas de fim de ano com os filhos, sofreu um infarto e foi prontamente atendida pelo Hospital de Cirurgia. Ela deu entrada no HC em 4 de janeiro, passou por cuidados na Unidade Cardiovascular Avançada – especializada em infartos –, foi operada pelo método da cirurgia cardíaca minimamente invasiva no dia 9 e, na última quinta-feira, 16, retornou para casa.
“Se essa situação tivesse ocorrido no Rio de Janeiro, eu não teria oportunidade de viver. Aqui é um hospital de primeiro mundo, as pessoas trabalham com dedicação e compromisso com a vida dos outros”, relata Ilda, emocionada. Para ela, a agilidade no atendimento e a precisão da equipe foram determinantes em sua recuperação. “A partir do momento que eu vim parar aqui e me submeteram a todo tipo de situação para tentar resgatar o melhor de mim possível, eu tive sorte”, completa Ilda Lucia.
Cardiologia de ponta
O HC é habilitado pelo Ministério da Saúde como única referência cardiológica para o Sistema Único de Saúde (SUS) em Sergipe e ocupa as primeiras colocações em número de procedimentos cardiovasculares pelo SUS no Nordeste e no Brasil. A estrutura do hospital inclui unidades especializadas, como Serviço de Hemodinâmica, Centro Cirúrgico exclusivo para a Cardiologia, UTI Cardiológica, Unidade para pacientes infartados, exames por imagem e gráfico, Ambulatório de Consultas com várias de subespecialidades cardiológicas, Residência de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular.
Chefe do Serviço de Cardiologia do Cirurgia, Dr. Luiz Flávio Prado reforça o papel do HC como referência para o tratamento de infarto agudo do miocárdio em Sergipe. “Dona Ilda, passando férias aqui em Aracaju, teve um mal súbito no Centro da cidade, foi diagnosticada com infarto e, de lá para cá, experimentou toda a linha de cuidado oferecida pelo Hospital de Cirurgia, desde o eletrocardiograma até a cirurgia cardíaca. Esse é o SUS que funciona, esse é o SUS que dá muito orgulho. É a melhor medicina disponível”, afirma.
Texto e foto ascom Hospital Cirurgia