Na sessão desta quinta-feira, 28, da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), o vereador Pastor Diego (União) trouxe à tona uma grave problemática envolvendo o Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS). Apesar dos avanços apresentados pelo superintendente do HU, Dr. Kleyton de Andrade Bastos – durante uma audiência pública recente – questões críticas sobre o atendimento de pacientes continuam sem solução.
O impasse principal está relacionado à falta de contratualização entre a Prefeitura de Aracaju e o hospital, o que impede que novos pacientes de diversas especialidades, como neuroimunologia e alergia alimentar, sejam atendidos. Segundo o vereador, cerca de 40 pacientes neuroimunes aguardam a primeira consulta para medicação, mas estão impedidos de acessar o tratamento devido à inexistência de um fluxo regulado.
“O paciente vai ao posto de saúde, que aponta para o Estado, mas o Estado também não contratualizou. Enquanto isso, muitos ficam sem assistência. A falta de um fluxograma organizado para a regulação e o encaminhamento dos pacientes tem prolongado a espera de quem mais precisa, gerando uma situação insustentável”, destacou o Pastor Diego.
A origem do problema remonta a uma determinação judicial que obrigou o HU-UFS a realizar cirurgias de endometriose. Para cumprir essa decisão, o hospital concentrou esforços nesse atendimento, deixando de abrir portas para outras demandas importantes. Essa priorização resultou na suspensão de novas consultas em áreas críticas, agravando a situação de pacientes que dependem de tratamentos urgentes.
Durante a audiência pública, Dr. Kleyton de Andrade apresentou um panorama detalhado sobre o funcionamento do hospital, respondendo a questionamentos e destacando melhorias no planejamento. No entanto, o vereador alertou que, “apesar das intenções da gestão, a ausência de um fluxo regulado impede avanços reais. Em nome da organização, muitos pacientes estão ficando sem assistência”, ressaltou.
Diante do exposto, Pastor Diego sugeriu uma revisão urgente das pactuações existentes, para garantir que especialidades como neuroimunologia e alergia alimentar voltem a receber novos pacientes. Com a transição de gestões à vista, o vereador enfatizou a necessidade de priorizar esse contrato na agenda do próximo governo municipal.
“Precisamos atualizar o que foi contratualizado, renovar os acordos e operacionalizar as mudanças necessárias para que os pacientes não continuem sendo penalizados por essa problemática”, pontuou.
Por Lucivânia Pereira