Por Paulo Márcio*
A eleição de Emília Corrêa (PL) neste domingo, 27, para a Prefeitura de Aracaju, configura uma das páginas mais bonitas e extraordinárias de uma história de 169 anos, por tudo aquilo que a vitória de uma mulher conhecida por sua coerência e reputação ilibada representa para a (re)construção de uma sociedade lastreada no pluralismo, na tolerância e no respeito à coisa pública.
Mas ao superar uma gama de candidatos apadrinhados pelo presidente da República, pelo governador do Estado, pelo prefeito da capital e quase a totalidade dos representantes do povo nos parlamentos municipal, estadual e federal, Emília também altera significativamente o cenário político estadual, na medida em que começa a atrair outras lideranças e, por conseguinte, dar início à redução do desequilíbrio entre as forças políticas antagônicas.
Engana-se redondamente, no entanto, quem imagina uma Emília focada em outra coisa senão os 4 anos de mandato outorgados pelo povo aracajuano. E para bem cumprir essa tarefa, será crucial – e ela é quem mais o sabe – estabelecer com os governos estadual e federal uma relação republicana que proporcione maior desenvolvimento socioeconômico acompanhado de uma acentuada melhora nos serviços de saúde, educação, mobilidade urbana, infraestrutura, segurança pública e outros setores carentes de uma melhor gestão e mais eficiência no atendimento à população.
Ser chefe do executivo em uma federação é tarefa para quem sabe dialogar e colocar os interesses coletivos acima de questões ideológicas, partidárias e até mesmo pessoais. Por reunir esses atributos e estar disposta a doar-se inteiramente pela cidade que a abraçou, não há dúvida de que a única candidatura que Emília pode vir a cogitar no exercício do seu mandato é a de entrar no rol dos prefeitos que mais fizeram por Aracaju e sua gente.
*É Delegado de Polícia e membro do Diretório Estadual do PSDB