A equipe da Escola Estadual Professora Maria Berenice Barreto Alves, situada em Capela, no leste sergipano, classificou-se na etapa regional Nordeste da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A classificação chancela a equipe a concorrer a etapa nacional, que será realizada em novembro, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, em data ainda a ser definida.
A escola é finalista com o projeto ‘A água nos move: a correlação entre clima, água e dengue”, desenvolvido pelas professoras Vivianne de Jesus (Geografia), Aldeci de Jesus (Matemática) e Thisciane Ismerim (Ciências e Pensamento Científico) com duas turmas dos sextos anos da modalidade integral.
O projeto tratou da relação entre as mudanças climáticas e o aumento dos casos de dengue diante da ampliação da proliferação do mosquito aedes aegypti, com o registro de maiores quantidades de chuva no início do ano de 2024. O projeto visou colaborar com as atividades de prevenção ao mosquito transmissor, protagonizadas pelos ministérios da Saúde e da Educação, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Agência Nacional de Água (ANA).
A equipe de professores trabalhou com 42 alunos no uso de metodologias ativas, a exemplo de rodas de conversa, nuvens de palavras, pesquisas de textos, elaboração de gráficos e tabelas, leitura, debate sobre os temas, rotação por estações, visitas técnicas, panfletagem dentro e fora da escola e relatório dos trabalhos de campo.
A professora Viviane de Jesus destacou que, além de trabalhar com os alunos, também foram propostas aos professores atividades de educação ambiental crítica. “Colabora para que os cidadãos se tornem ativos e críticos em relação às questões socioambientais que os cercam”, explica Viviane, ao completar que aconteceram também atividades pedagógicas interdisciplinares em Geografia, Matemática e Ciências
De acordo com a professora Viviane, a expectativa em participar da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente era, inicialmente, ter o trabalho publicado, porém foi bem além com a aprovação na etapa regional. “Dois projetos foram selecionados dentro de 70 na categoria ‘Feira de Ciências’ entre os estados de Sergipe, Bahia e Alagoas. Iremos participar da premiação final em novembro no Rio de Janeiro. Tivemos total apoio da gestão em todos os nossos projetos e utilizamos recursos do Profin para o desenvolvimento das ações”, explicou Viviane.
A diretora Roseneide de Souza de Santana disse que o apoio da gestão nas práticas docentes é fundamental para o êxito do trabalho desenvolvido, como esse da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz. “Estamos muito felizes por estar na final, e a expectativa para ganharmos é a melhor possível”, define.
A Olimpíada
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) é um programa educacional bienal promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares nas escolas públicas e privadas de todo o país.
Em 2020, a Obsma completou 20 anos de existência e continua registrando na história o compromisso com o reconhecimento do trabalho desenvolvido por professores e alunos nas escolas e a cooperação com a divulgação de ações governamentais criadas em prol da educação, da saúde e do meio ambiente.
Na etapa nacional da Olimpíada, serão premiados seis projetos avaliados por uma comissão da Fiocruz.