O Museu Histórico de Sergipe, um dos principais guardiões da memória e cultura sergipana, está passando por uma restauração que promete devolver a este patrimônio seu antigo esplendor. Localizado em São Cristóvão, cidade histórica que já foi capital do estado, o museu ocupa um prédio construído em 1900, que carrega em seus alicerces a história de Sergipe e do Brasil.
A obra está sendo realizada pelo Governo de Sergipe, por meio de contrato com a Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e execução da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop). A restauração, que já atingiu 70% de conclusão, inclui a recuperação das estruturas físicas do edifício e a modernização das instalações internas, respeitando rigorosamente as características históricas originais. Com um investimento de aproximadamente R$ 1,4 milhão, a reforma não apenas recupera o prédio, mas também assegura que ele continue sendo um ponto de referência cultural para futuras gerações.
“O Governo de Sergipe tem tido esse compromisso de preservar a história do estado. Estamos trabalhando para entregar um espaço completamente revitalizado, onde os visitantes tenham a oportunidade de se conectar com as raízes e entender os processos que moldaram a identidade de Sergipe. Em uma época em que a preservação do patrimônio cultural é cada vez mais urgente, esta intervenção se torna um marco para os sergipanos”, ressaltou o presidente da Funcap, Gustavo Paixão.
A Cehop tem acompanhado de perto os serviços realizados no Museu Histórico de Sergipe, garantindo que respeitem os padrões exigidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Por se tratar de um imóvel tombado, os cuidados são redobrados. Originalmente concebido para ser a sede do governo estadual, o prédio reflete a influência europeia na arquitetura local, com detalhes que marcam uma era em que São Cristóvão era o coração administrativo de Sergipe. Além disso, o espaço abriga um acervo valioso, preservando documentos, objetos e artefatos. Nosso compromisso é modernizar o edifício, mantendo intacta a essência histórica que ele carrega”, declarou o presidente da Cehop, Jorge Souza.
Para a historiadora e professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Edna Maria, formada em História e Cultura pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), a intervenção no museu é essencial não apenas para a preservação do prédio, mas também para garantir que futuras gerações possam usufruir desse importante espaço de conhecimento. “Fico muito feliz com essa reforma, que é vital para manter a integridade do contexto histórico, do acervo ao edifício em si. Com as melhorias, o museu poderá oferecer à sociedade o conforto e a tranquilidade que uma visita a esse tipo de instituição deve proporcionar”, destacou a docente.
Foto: Marcos Rodrigues