Foram 60 dias de evento na Orla da Atalaia, em Aracaju, com programações culturais para toda a família
Após dois meses de muito forró, cultura, tradição e sergipanidade, a Vila do Forró, evento promovido pelo Governo do Estado na Orla da Atalaia, em Aracaju, foi encerrada nesta quarta-feira, 31. Assim como no ano passado, este ano o espaço foi aberto ao público no dia 1º de junho e se estendeu até o final de julho, o que permitiu que sergipanos e turistas aproveitassem o período junino durante 60 dias.
Nsse período, a Vila do Forró contou com a presença de quase 300 artistas sergipanos. Somente no mês de junho, 38 grupos, trios e cantores se apresentaram no Coreto da Eneva, além de outros 38 no mês de julho. No Barracão da Sergipe, foram 17 apresentações de quadrilhas juninas, 14 de grupos folclóricos, 13 atrações infantis e cinco filarmônicas durante junho, um total de 127 atrações. Em julho, foram realizadas 96 apresentações o espaço, das quais 23 foram quadrilhas juninas, cinco grupos folclóricos, três atrações infantis e uma filarmônica.
Na noite de encerramento do evento, quem abriu a programação foi o cantor Evillázio José, que se apresentou no Coreto da Eneva. Para o artista, que também compôs a programação do evento no ano passado, a atenção dada pelo Governo do Estado aos festejos juninos tem se revelado uma forte ferramenta de fortalecimento da cultura local. “A gente sabe que em outras épocas não tinhamos essa oportunidade, principalmente quem está começando agora, como eu, que sou um artista sergipano, japaratubense, e iniciei minha carreira solo há pouco tempo. As oportunidades estão para todos. Estou muito feliz. Esses 60 dias valorizaram os artistas da terra, e isso é muito importante”, ressaltou.
A programação desta quarta-feira também contou com as apresentações da banda Faz Zuê, das quadrilhas juninas Século XX e Pioneiros da Roça, do cantor Marcelinho Kara Nova das Vaquejadas e do cantor Danielzinho Júnior, que encerrou o evento.
Sergipanidade
A Vila do Forró também foi aprovada pelos sergipanos e turistas que passaram pela Orla da Atalaia durante junho e julho. A autônoma Daniela Machado, de 36 anos, prestigiou a última noite do evento ao lado da filha, da irmã e da sobrinha. Ela contou que chegou a ir à vila outras vezes, mas não tanto quanto gostaria. “Me arrependi muito de não ter vindo mais vezes, pois está muito bom, perfeito. O espaço está maior em relação ao ano passado, e isso foi maravilhoso. A programação está perfeita e o espaço ficou muito bonito, decorado, está lindo”, elogiou.
Assim como ela, o representante comercial Cleomar Oliveira, 51, não economizou elogios à Vila do Forró. Ele é natural de Goiás, mas mora na capital sergipana há cerca de 20 anos, e aproveitou o último dia do evento para apresentar um pouco da cultura do estado e da sergipanidade à irmã, Janete Oliveira, 55, que veio visitá-lo no período de férias.
“A gente veio com a minha esposa aqui em alguns shows, e gostamos muito. Ano passado também cheguei a vir, notei que a estrutura deste ano ficou muito melhor. E com esse período de 60 dias, pega as férias aqui do Nordeste e as férias de quem vem de fora também, então todo mundo pode aproveitar”, destacou Cleomar. “É a primeira vez que eu venho aqui, estou achando muito bonito. Ficou uma estrutura bem legal. Vou aproveitar bastante”, acrescentou Janete.
Quem também ficou encantada com a Vila do Forró foi a artista Dri Barreto, 33. De Salvador, Bahia, ela relatou que chegou a Aracaju no último sábado, 27, e gostou tanto do evento que marcou presença em todas as noites desde então. “Já estive aqui em Aracaju algumas vezes e amo de coração, mas é o primeiro ano que conheço a Vila do Forró. Quando eu cheguei aqui, tive essa grande surpresa. Estou aqui desde sábado e vim todos os dias. Amei as apresentações de quadrilhas, as bandas são muito boas, a decoração está linda, e o fato de ser fora de época permite que a gente aproveite”, considerou a turista.
Economia
Além de fortalecer a cultura sergipana, a Vila do Forró também se revelou um espaço de fomento à economia, principalmente para os pequenos empreendedores. É o caso de Cristiane Novaes, 46, que comercializa licores artesanais no espaço de Economia Solidária, que contemplou 30 pessoas por meio de edital da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem). “O evento foi maravilhoso, como sempre. Ajuda muita gente, muitas famílias. Aqui podemos divulgar melhor o nosso produto. É muito satisfatório”, avaliou a empreendedora.
A vendedora de pipoca Rosineide Silva, 40, destacou que a Vila do Forró foi sua principal fonte de renda durante os dois meses de programação. “Foi maravilhoso. Eu não tenho emprego fixo, então aproveito esses momentos para garantir minha renda. Também trabalhei na Vila da Páscoa e gostei muito, então me inscrevi para participar da Vila do Forró”, disse.
Turismo de eventos
A Vila do Forró é apenas um dos exemplos do investimento direcionado pelo Governo do Estado ao turismo e à realização de grandes eventos, que têm sido adotados pela gestão estadual como uma política de desenvolvimento do estado. “Estamos provando, mais uma vez, que o investimento do Governo do Estado vale a pena. No ano passado, o investimento de R$ 14 milhões retornou R$ 61 milhões em impacto direto por meio de ICMS e ISS, este ano, com o investimento de R$ 27 milhões, temos uma expectativa de alcançar e quem sabe ultrapassar a marca de R$ 100 milhões. Isso é fruto de um trabalho conjunto de várias secretarias e da determinação do nosso governador, Fábio Mitidieri, que aposta e prova que o turismo de eventos é uma grande ferramenta para a nossa economia e para o nosso desenvolvimento”, assegura o presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), Gustavo Paixão.
A última noite da Vila do Forró também contou com a presença do governador Fábio Mitidieri, que na ocasião reforçou o compromisso da gestão com essa política governamental. “Foram 60 dias de alegria, 60 dias de muita emoção e muita cultura. Os artistas e bandas que aqui se apresentaram deram um espetáculo maravilhoso. Também tivemos fomento à economia e muita geração de renda. O desafio é fazer, em 2025, um evento ainda melhor do que foi em 2024, mas não tenho dúvidas que vamos conseguir. E ainda tem muito mais: a Vila da Criança, em outubro, a Vila do Natal Iluminado, em dezembro, em janeiro e fevereiro já tem Verão Sergipe, em abril vem a Vila da Páscoa”, detalhou o chefe do Executivo estadual.
Foto: Igor Matias