O mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história na segunda-feira (22). A máxima foi atingida cerca de 24 horas depois do recorde anterior. No domingo (21), a temperatura média global diária havia sido de 17,09ºC. No dia seguinte, alcançou 17,15ºC. O aumento médio de 0,06ºC de um dia para o outro é maior que as variações típicas diárias registradas.
Os dados são do observatório climático europeu Copernicus. Até então, a maior temperatura histórica havia ido alcançada um ano antes, em 6 de julho de 2023. Foi de 17,08ºC. O observatório realiza as medições desde 1940.
O observatório Corpenicus avalia, preliminarmente, que o aumento está relacionado a uma temperatura muito acima da média em grandes partes da Antártida.
“O evento ainda está em andamento e é possível que a data do pico ainda mude, mas nossos dados sugerem que podemos ver temperaturas ligeiramente mais baixas nos próximos dias”, disse o diretor do Copernicus, Carlo Buontempo, em nota com a atualização dos dados.
Antes do novo recorde, ele havia declarado sobre o número atingido no domingo (21), que o mundo está, agora, “em um território desconhecido”.
“À medida que o clima continua esquentando, estamos fadados a ver novos recordes sendo quebrados nos próximos meses e anos”, disse Buontempo.
O recorde anterior foi de 16,8ºC, alcançado em 13 de agosto de 2016. De lá para cá, a temperatura máxima aumentou em mais de 1 grau.
A análise dos anos com as maiores temperaturas máximas globais diárias anuais mostra que os registros máximos em 2023 e 2024 foram substancialmente superiores em relação aos outros anos.
As dez maiores temperaturas médias diárias máximas anuais são os últimos dez anos, de 2015 a 2024.
Leia em ordem cronológica:
– 16,6ºC, em 2 de agosto de 2015;
– 16,8ºC, em 13 de agosto de 2016;
– 16,74ºC, em 28 de julho de 2017;
– 16,74ºC, em 27 de julho de 2018;
– 16,76ºC, em 10 de julho de 2019;
– 16,68ºC, em 11 de julho de 2020;
– 16,66ºC, em 2 de agosto de 2021;
– 16,79ºC, em 24 de julho de 2022;
– 17,08ºC, em 6 de julho de 2023;
– 17,15ºC, em 22 de julho de 2024.
As máximas globais tendem a atingir o pico anual durante o verão do hemisfério norte – do final de julho ao início de agosto. Isso ocorre porque as grandes massas de terra do Hemisfério Norte esquentam mais rápido do que o esfriamento dos oceanos do Hemisfério Sul durante os meses de verão.
Segundo o Copernicus, é possível que 2024 supere a marca de 2023 como o ano mais quente da história. Mas o calor excepcional dos últimos meses do ano passado dificulta a previsão.
Fonte: Poder360