Vestidos coloridos cheios de babados, fitas e chita, sandálias de couro do tipo “priquitinha”, camisas xadrez e peças em palha ditam a moda do mês de junho em Sergipe. Os itens tradicionais dos festejos mais esperados do ano estão expostos nas lojas dos Mercados Centrais Thales Ferraz, Antônio Franco e Maria Virgínia Franco, gerenciados pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). As opções são inúmeras e agradam os olhos de aracajuanos e turistas que querem manter viva a tradição do São João.
A sandália de couro é um dos itens mais procurados pelos sergipanos e, no box da permissionária Danielle Prado, localizado na entrada principal do mercado Antônio Franco, opção é o que não falta. “Com a proximidade dos festejos juninos, a procura por peças em couro aumenta muito, principalmente devido às apresentações das escolas e quadrilhas juninas. Por esta razão, meu público é mais sergipano do que de fora”, relata a comerciante que sempre recepciona os clientes com sorriso no rosto e caracterizada com vestimenta do cangaço.
O grupo de amigos João Batista, Luiz Carlos e Wanderlúcia chegou de Belo Horizonte há quatro dias e logo trataram de conhecer os Mercados Centrais de Aracaju. Encantados com os itens dispostos nas lojas, foi no box da permissionária Danielle que os mineiros escolheram diversas peças em couro para levar na mala, como recordação da capital sergipana. “Já visitamos outras cidades do Nordeste, mas quem nos conquistou foi Aracaju, uma cidade limpa e aconchegante. Os mercados municipais, por exemplo, são bem organizados, os comerciantes são atenciosos e há um diversidade de peças típicas da cultura de Sergipe”, relata o representante comercial João Batista, enquanto escolhia o chapéu e a bolsa de couro.
O Mercado Antônio Franco também foi a opção escolhida pela aracajuana Jarbene Valença, psicóloga, que foi ao local para adquirir os artigos juninos para o filho usar na apresentação da escola. “Lugar de a gente encontrar itens juninos é no Mercado Central de Aracaju, porque são muitas as opções e variedades, além da qualidade e preço justo. Por isso, fazer compras nos Mercados Centrais é um atrativo e, sempre que posso, indico às pessoas para virem fazer compras”, compartilha a moradora do bairro Cirurgia, que também costuma frequentar os mercados para adquirir peças decorativas em diversas datas comemorativas.
A empresária Telma de Araújo, conhecida popularmente como Leleca, comercializa há cerca de 25 anos no Mercado Thales Ferraz. Todos os anos o seu box, de número 28, é ponto conhecido dos aracajuanos e turistas que procuram por vestidos, camisas xadrez, laços, tiaras e outros acessórios juninos para todas as idades. “O investimento em produtos é grande, mas o retorno é muito bom nessa época. Vale a pena. Por isso, em mais um ano, estou bastante otimista com as vendas”, destaca a permissionária, que conta com a ajuda da filha, Thaís, para organizar as mercadorias e atender sergipanos e turistas.
Já no box do comerciante Alceu Lins, além de artesanato, é possível encontrar uma variedade em peças juninas, a exemplo de chapéus de couro e vestidos em chitas. “São 30 dias de bom comércio para quem comercializa peças e adereços dessa época. Já agora, em maio, a procura por itens de São João cresce devido aos eventos escolares e festas pela cidade e estado”, conta o permissionário otimista, enquanto finaliza mais uma venda.
Estrutura e funcionamento
Para manter os Mercados Centrais de Aracaju devidamente organizados, higienizados e prontos para receber os frequentadores e permissionários, a empresa municipal conta diariamente com o suporte de 112 profissionais, entre agentes de limpeza, fiscais e técnicos para serviços de manutenção.
O espaço de compras abre ao público de segunda-feira a sábado, das 6h às 16h45, e aos domingos, das 6h às 12h.