São cerca de 280 equipamentos em operações espalhadas por todo o estado
Para garantir a segurança hídrica no estado, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) utiliza águas superficiais, oriunda de rios, riachos e reservatórios, e subterrâneas. Neste último caso, os poços tubulares profundos têm função crucial no processo de transporte da água que está abaixo do solo até as torneiras da população sergipana, de modo a assegurar maior cobertura de acesso ao recurso hídrico.
Segundo o gerente de Pesquisa de Mananciais Subterrâneos da Deso, Mike Henderson Santana Batista, a extração de água subterrânea pela companhia está presente em 35 dos 71 municípios sergipanos atendidos pela empresa, além de povoados que não são assistidos pelos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs). “Em alguns desses municípios, a captação é realizada de forma exclusiva por poços”, destacou, sublinhando que a exploração se dá de maneira sustentável e atendendo a parâmetros e exigências de órgãos fiscalizatórios e de controle.
Há aproximadamente 280 poços tubulares profundos em operação, espalhados por todo o território de Sergipe, conforme aponta o coordenador da Unidade de Hidrogeologia da Gerência de Pesquisa de Mananciais Subterrâneos (GPMS), Fernando Santana do Couto. “As águas subterrâneas possuem qualidade melhor do que as superficiais, e só conseguimos extraí-las através dos poços, os quais, inclusive, são bastante viáveis em termos de custos à companhia”, afirmou.
Porém, antes de a Deso realizar a distribuição aos domicílios por meio dos poços tubulares profundos, equipes da empresa realizam uma série de análises para verificar as condições da água. “Além disso, fazemos também testes relacionados à capacidade de vazão, com o intuito de verificar se o volume será suficiente para atender a localidade à qual será destinada aquela água”, explicou.
Monitoramento e abastecimento
De acordo com Mike, a análise realizada pela GPMS é constante e contínua dos aquíferos que se encontram no estado. “Através do monitoramento das águas subterrâneas, podemos subsidiar a formulação de ações de gestão da qualidade do recurso hídrico, com informações sobre as condições e dinâmica do aquífero em relação às variações sazonais e efeitos antrópicos”, disse.
Caso seja verificada a viabilidade de abastecimento, é instalada uma bomba de extração e feita a captação do recurso hídrico. Daí, o próximo passo é o tratamento da água, conforme contou Fernando. “É preparada toda uma estrutura para distribuir essa água à população. É feito um sistema com reservatório, a partir do qual é realizada a desinfecção da água. Depois disso, ela é distribuída. Em algumas situações, é necessário que ela passe por uma Estação de Tratamento de Água”, finalizou.
Foto: Ascom Deso