O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), deseja ampliar o programa Filé de Camarão na Alimentação Escolar no primeiro semestre de 2024. Inicialmente destinado para 42 Centros de Excelência da rede pública estadual, nesta segunda fase está prevista a aquisição de camarão para o total de 92 unidades escolares. Para todas as 319 escolas da rede, foram realizados ciclos de entregas de proteínas. Já as escolas quilombolas e indígenas contarão com um dia da semana destinado à alimentação regional.
Para haver a inserção do camarão no cardápio da alimentação escolar em 2023, o Departamento de Alimentação Escolar (DAE) realizou testes de aceitabilidade com os alunos. Já os pais responderam ao termo de responsabilidade para autorizar o consumo do produto. Após essas etapas, a aquisição do crustáceo foi realizada por meio da chamada pública da agricultura familiar, para a regionalização do produto.
O mesmo formato está sendo utilizado, neste ano, para contemplar a Diretoria de Educação de Aracaju (DEA) e as Diretorias Regionais de Educação 1 e 6, porém com a estimativa de aquisição de camarão para o total de 92 unidades escolares.
A primeira etapa da chamada pública para a agricultura familiar ocorreu em 4 de março e estão sendo realizadas as análises dos produtos. A previsão é de que em abril o camarão já esteja disponível nas unidades escolares, acompanhado de mais variedades de frutas e verduras, além do suco de fruta.
A diretora do DAE, Lucileide Rodrigues, conta mais detalhes sobre a chamada pública. “Preocupamo-nos com a regionalização dos produtos, pensando em beneficiar, principalmente, o pequeno agricultor, aquele que só tem condições de fornecer produtos para apenas um município e também diante da redução de logística. Este ano, participaram 16 cooperativas e um produtor individual”, complementa.
A coordenadora do Centro de Excelência Professora Ofenísia Soares Freire, Karine Silva, destaca os benefícios do camarão na alimentação. “A iniciativa do Governo de Sergipe em incluir o filé de camarão na merenda gerou uma satisfação imensa para toda a comunidade escolar. Além de ser um alimento extremamente saboroso, é nutritivo, sendo rico em vitaminas do complexo B e ômega 3, que auxiliam no desenvolvimento, aprendizado e outras funções cognitivas”, comenta.
A coordenadora pedagógica fala também sobre a aceitação dos estudantes. “Com a inclusão desse alimento na merenda escolar, o governo impulsiona a economia dos pequenos produtores e oferece produtos de qualidade com origem conhecida, promovendo o desenvolvimento sustentável e valorização da cultura local. Com todas essas vantagens, a aceitação do camarão pelos estudantes está sendo excelente”, acrescenta.
Alimentação regional
Nas escolas quilombolas e indígenas, um dia na semana do cardápio escolar semanal é destinado para a alimentação regional, que valoriza e resgata a cultura alimentar. Os alunos quilombolas optaram pela feijoada, e os indígenas escolheram a moqueca de peixe, e os produtos são adquiridos pelos gestores com os recursos do Profin Merenda.
Aquisição de proteínas
As 319 escolas da rede pública estadual de ensino estão abastecidas com os ciclos de entrega de proteínas que ocorrem desde o dia 29 de janeiro, de acordo com o número proporcional das matrículas dos estudantes. Dentre as proteínas oferecidas na merenda escolar estão: carne de sol, filé de peito de frango, lombo suíno e ovos. Encontram-se em fase de licitação a carne de boi – corte coxão mole – , além do camarão. Por fim, vale salientar que neste ano, o Profin Merenda conta com produtos direcionados aos estudantes que têm alergias alimentares e patologias.
Foto: Maria Odília