Facilitar o cotidiano do cidadão e favorecer a mobilidade urbana é o que o vereador Pastor Diego (PP) entende que seja necessário de o poder público disponibilizar para contornar as diversas reclamações acerca dos novos corredores exclusivos de ônibus. Durante a sessão plenária da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) desta quinta-feira, 24, o parlamentar alertou para a necessidade de permitir que veículos que fazem transporte escolar e taxistas também possam trafegar nestas faixas.
“Precisamos, com urgência, rever algumas situações. É necessário incluir o transporte escolar e veículos de táxi, no direito de acessar as vias que hoje são exclusivas para ônibus. Essa é uma forma de desafogar o que, infelizmente, tem acontecido em nossa cidade. É importante que haja revisão porque senão, estes veículos que também integram o sistema de transporte coletivo, não conseguiram levar o aluno no tempo adequado. Isso vai gerar cada vez mais transtornos”, ressaltou Diego.
Atualmente, a capital conta com quatro corredores: Beira Mar, Augusto Franco, Centro/Jardins e Hermes Fontes. Desde o dia 11 de agosto começaram a entrar em funcionamento e há um esforço por parte da Prefeitura em promover campanhas educativas. Porém, não somente o esclarecimento tem sido necessário para otimizar o fluxo do transporte público e reduzir o estresse do cidadão.
Enquanto nos três primeiros citados, é permitida a circulação de automóveis em dias e horários preestabelecidos, no corredor da Hermes Fontes as faixas são exclusivas para os ônibus em tempo integral. “Se for o caso, que promovamos uma Audiência Pública e nessa ocasião, vamos ouvir os vereadores da Casa, o Ministério Público, SMTT, representante dos taxistas, lotação, motorista de aplicativo, transporte escolar e afins. Até mesmo ciclistas e toda sociedade para discutir o que está posto e o que pode ser feito para melhorar”, idealizou o vereador.
Apartes
Seguindo a mesma linha de pensamento, o vereador Anderson de Tuca (PDT) pontuou que tanto os trabalhadores quanto usuários do transporte coletivo precisam contar com medidas que minimizem atrasos e facilitem seu cotidiano. “Só sabe o desafio, quem encara longos percursos para honrar seu trabalho e chegar na faculdade, na escola dentro do horário. Do jeito que está, o motorista terá que acordar às 4h da manhã para que todos consigam honrar seus compromissos. Vamos rever essa decisão a fim de que todos consigam ter mais tranquilidade”, disse.
Já Ricardo Marques (Cidadania) salientou que teria sido mais prudente, a Prefeitura promover um debate coletivo antes de aplicar qualquer medida ou decisão. “Alguém discutiu que a sociedade queria que acontecesse dessa forma? Por que tem que ser uma imposição? Todos estão preocupados com os condutores e veículos, mas é importante lembrar que por ali também circulam pedestres e ciclistas. Afinal, não tem vias exclusivas para ciclistas e as calçadas ali são terríveis”, retrucou.
Em concordância, a vereadora Emília Correia (Patriota) endossa que “o projeto do corredor da Hermes Fontes não contemplou tampouco prestigiou outros modais que são de extrema importância. Sem um planejamento correto, continuaremos gerando caos e piorando a mobilidade urbana na cidade de Aracaju”.
E ainda, Breno Garibalde (União Brasil), que também é arquiteto urbanista, adverte que houve uma soma de erros técnicos na implementação do corredor. “Como presidente da Comissão de Transportes, me coloco à disposição para solucionar todas essas dificuldades com pedestres, ciclistas e em relação aos transportes alternativos. A mobilidade urbana só vai melhorar quando todos estes modais estiverem funcionando de forma integrada e complementar”, afirmou.
Por Lucivânia Pereira