Com uma programação diversificada, o Arraiá do Povo trouxe 14 atrações emocionantes na última sexta-feira, 23, proporcionando uma rica mistura de ritmos, expressões artísticas e culturais na véspera de São João. Distribuídas em quatro palcos, as atividades atenderam a diferentes gostos e idades, oferecendo apresentações sanfônicas, danças de quadrilha, espetáculos teatrais e uma ampla variedade musical. Promovido pelo Governo de Sergipe, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), o Arraiá do Povo integra a programação do Encontro Nordestino de Cultura 2023.
Estimulando o amor pela arte e cultura nordestina desde cedo, o Arraiá Mirim exibiu apresentações encantadoras para o público infantil, como a de Denni Ellin e seu espetáculo “Deste Nór”, que capturou a atenção de todos por meio de um enredo cativante. Também não faltaram momentos de dança e interação, através da quadrilha mirim, formada de maneira espontânea pelos pequenos forrozeiros. Além disso, a alegria contagiou a todos com o musical “Cabeleira”, produzido pela Catalise Cia de Artistas, trazendo uma combinação perfeita entre entretenimento e aprendizado sobre a cultura regional.
No Palco Rogério, várias apresentações de alta qualidade emocionaram e animaram o público. A Orquestra Sanfônica de Aracaju (Orsa) encantou a todos com um repertório diversificado que incluiu clássicos do forró e outras canções tradicionais nordestinas. Com Batista Lima, ex-integrante da banda Limão com Mel e com mais de 30 anos de carreira, não faltaram sucessos para o público cantar. Joelma proporcionou um verdadeiro espetáculo de ritmo e energia, exibindo uma performance vibrante com muita coreografia e o seu famoso bate-cabelo. Por fim, o grupo Xote Baião, com um estilo único e uma presença de palco contagiante, mostrou uma abordagem moderna da música nordestina sem perder suas raízes culturais.
Uma das performances mais aguardadas da noite, Joelma expressou seu sentimento de gratidão pela calorosa receptividade dos fãs. “É gratificante. Me sinto muito feliz e honrada, depois de tantos anos de carreira, ao ver esse carinho, esse amor pelo meu trabalho. Estava com saudades dessa festa que é tão incrível, ainda mais na semana do meu aniversário, obrigado por me receberem tão bem”, declarou.
Barracão
O Barracão da Sergipe, um dos principais espaços do evento, recebeu diversas apresentações culturais que encantaram e divertiram o público. Uma das performances mais esperadas foi a Ópera do Milho, promovida pelo grupo Imbuaça, que proporcionou uma experiência única ao mesclar teatro, música e dança em uma narrativa envolvente e criativa sobre a cultura junina. Essa atração destacou-se pela ousadia e interação com o público, surpreendendo a todos com sua proposta artística diferenciada.
“Estou muito emocionado em fazer esse espetáculo por vários motivos: primeiro, homenagear Moncho Rodriguez, que deu a concepção deste espetáculo, toda a estética foi dada por ele, e lamentavelmente faleceu em janeiro; segundo, o convite de Amorosa para homenagear uma pessoa que é muito importante para nós, que é a professora Aglaé Fontes. Ela coordenou todo o processo de montagem em 1996. Trazer essa peça de volta, depois de 18 anos, é uma coisa fantástica”, destacou o membro e cofundador do grupo Imbuaça, Lindolfo Amaral.
No mesmo palco, as consagradas quadrilhas Século XX e Meu Sertão também brilharam no palco, demonstrando toda a tradição e o esplendor das danças juninas. Vencedoras dos concursos Arranca Unha e Gonzagão, respectivamente, as quadrilhas exibiram belas coreografias e figurinos deslumbrantes, arrancando aplausos entusiasmados do público.
Para Sidney Menezes, intérprete de Lampião, na quadrilha Século XX, é gratificante ver a reação do público nas apresentações. “Ficamos felizes em mostrar a nossa cultura e saber que os turistas e o povo sergipano sentem orgulho quando vêm assistir à nossa performance de Lampião e Maria Bonita. São meses de preparação justamente para conseguir esse objetivo, de cativar o público, e acho que ele foi cumprido”.
O show no Barracão prosseguiu com Jailson do Acordeon, que fez o público vibrar e dançar ao som de clássicos do forró e peças autorais. As apresentações do palco foram encerradas com chave de ouro, com a energia contagiante da Banda Café Suado.
O Coreto da Marluce foi prestigiado com a presença de dois talentosos músicos: Gilson do Acordeon e Maluco Sabal. Com seus instrumentos, como a zabumba, o triângulo e o próprio acordeon, os artistas apresentaram uma proposta mais intimista e nostálgica, relembrando a essência das festas populares no estado.
A estudante Maria Clara evidenciou a alegria que a festa proporciona. “Foi mágico. Sou de Salvador e já tenho um pouco de contato com essa cultura, acho muito importante conhecer mais das práticas e tradições do nosso país. Estou me sentindo mais brasileira do que nunca”, detalhou.
País do Forró
Este ano, o Governo de Sergipe preparou para os festejos juninos no estado uma programação com mais de 30 dias de festa. Na capital, a festa acontecerá em cinco pontos: Arraiá do Povo, na Orla da Atalaia, Rua São João, Gonzagão, Centro de Criatividade e 18 do Forte. No total, serão mais de 250 atrações, sendo 140 sergipanas, 40 nacionais, 60 apresentações de quadrilhas juninas e 40 trios pés de serra.
A programação dos festejos juninos realizada pelo Governo de Sergipe tem o patrocínio do Banese, Deso, Maratá, PagBet e Eneva, e apoio da Energisa e MOB.
Fonte: ASN