O ex-deputado federal José Carlos Machado esteve na Companhia para discutir demandas da obra
Um dia após a celebração do Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, uma reunião na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf – tratou de um aspecto importante do tema: a crise hídrica pela qual passa o Estado de Sergipe e, claro, as soluções para ela, que, hoje, passam, inevitavelmente, pela construção do Canal de Xingó.
A reunião foi motivada pelo engenheiro José Carlos Machado, ex-prefeito de Aracaju e ex-deputado federal por Sergipe, que foi prontamente recebido pelo superintendente da Companhia, César Mandarino, e contou com a participação dos técnicos Carlos Hermínio, engenheiro civil e responsável pelo Canal de Xingó; Orlando Tavares, gerente Regional de Infraestrutura, e Oscalmi Porto, gerente Regional de Revitalização.
O debate teve o tom sério e urgente que a crise demanda. “Não demos a importância que o Canal de Xingó deveria ter. Fomos omissos em todos esses anos”, ressaltou José Carlos Machado. Orlando Tavares concorda. “A tecnocracia é absurda, excessiva. Temos mesmo que fazer uma ‘mea culpa'”, destacou.
E é aí que o argumento de Machado encontra sustentação. “Se outros Estados conseguiram recursos antes, porque não conseguimos também? Porque não demos à obra a devida importância dela”, reitera. Mas, para Machado, o que importa, agora, é definir o que será feito daqui pra frente.
O Canal deverá irrigar áreas dos Estados de Sergipe e da Bahia e equacionar definitivamente o problema hídrico do abastecimento humano em solo sergipano. Mas a preocupação de Machado é com o fato de, pela captação ser em Paulo Afonso IV, o início das obras se dará no Estado da Bahia. “Temos de dar um jeito de assegurar que o início das obras contemple trechos em Sergipe também”, destaca.
No próximo dia 31, Machado participará de outra reunião sobre o tema, na Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Sergipe – Aease –, que contará com a presença da Diretoria Nacional da Codevasf e da bancada federal sergipana. “Já perdemos muito tempo. Agora, temos que trabalhar para fazer desse um projeto uma realidade, independentemente de vaidades políticas”, afirma.
Por Tanuza Oliveira