Nesta quarta-feira, 15 de março, às 8:00 o Movimento Não Pago realizará ato em frente à Câmara de Vereadores, para protestar contra o projeto apresentado pelo Vereador Josenito Vitale, que visa transferir a competência do reajuste da tarifa apenas para a prefeitura, acabando com votação na Câmara de Municipal. Segundo Márcia Marques, coordenadora do movimento, a intenção da Câmara de Vereadores é acabar com qualquer possibilidade de discussão pública, e fazer com que o aumento da tarifa seja aprovado apenas na canetada do prefeito, e assim evitar a contestação do povo.
“Há uma articulação entre a nova gestão da prefeitura e a mesa diretora da Câmara para beneficiar o empresariado do transporte. A Câmara por um lado quer transferir toda a responsabilidade pra prefeitura. A prefeitura, por outro, tentou omitir de todas as formas o acesso da população à proposta de reajuste dos empresários. Querem pegar a população de surpresa mais uma vez”.
O tiro saiu pela culatra, o Movimento Não Pago, que desde 02 de fevereiro vinha cobrando a divulgação da planilha pela SMTT, impetrou, através do advogado Wallace Teles, Mandado de Segurança e conseguiu em decisão liminar a publicidade do documento. Nesta terça-feira, 14 de março de 2017, o Não Pago teve acesso à proposta dos empresários. Eles pedem mais um reajuste absurdo, 28%, para que a tarifa salte dos atuais R$ 3,10 para R$ 3,97.
“Não bastasse o aumento absurdo do ano passado (R$ 0,40 centavos), a péssima qualidade do serviço, e a decisão do Tribunal de Contas do Estado de agosto de 2016, que multou a Prefeitura/SMTT e declarou a existência de superfaturamento de 12% na Tarifa do Transporte Público de Aracaju, a Prefeitura e Câmara de Vereadores continuam protegendo as ações ilícitas do empresariado do transporte, suspeito inclusive de pagamento de propina à vereadores”, aponta o coordenador do movimento Demétrio Varjão.
A pretensão do Movimento Não Pago agora é divulgar amplamente a planilha de custos e convocar todo a população aracajuana, organizações, movimentos sociais, sindicatos a investigar a e elaborar uma contraproposta de reajuste da tarifa, e reivindicar que haja um debate amplo e democrático em torno do reajuste da tarifa, inclusive com abertura de CPI.
Fonte: Movimento Não Pago