Agora é pra valer e ficaram para trás as especulações: o ex-candidato a governador de Sergipe Valmir de Francisquinho, PL, declarou na manhã desta segunda-feira, 10, que vai apoiar a candidatura de Rogério Carvalho, PT, na disputa de segundo turno pelo Governo do Estado.
De certo modo, isso era esperado e o mais óbvio, apesar do paradoxo de ser Valmir um bolsonarista e Rogério, um lulista raiz.
Ainda que com certo cuidado – porque eleição é um trem que costuma surpreender -, a definição de Valmir de Francisquinho em favor de Rogério Carvalho corresponde a uma expectativa real de um nocaute fatal na candidatura de Fábio Mitidieri, PSD.
Isso não é uma mera opinião. Isso é uma constatação calçada em matemática. Isso é um constatação calçada na votação dos três – Valmir, Rogério e Fábio – no último dia 2.
Ali, a votação de Valmir e de Rogério juntas chegou 796.718 votos, enquanto que a de Fábio Mitidieri sozinho foi de apenas 294.936 votos.
É obvio que a opção de Valmir desagrada a uma parte de valmirista – aqueles que eventualmente são bolsonaristas raiz. Mas se for levada em conta a votação de Valmir – 457.973 votos, ou 33,55% dos válidos -, e de Rogério ter chegado ao segundo turno com 42 mil votos a mais do que Fábio – 338.796 contra 294.936 -, essa probabilidade de nocaute fatal se impõe mais e mais. E dolorosamente.
A união Valmir-Rogério põe por terra a real vantagem de, apesar de menos votado, o grupo em que Fábio estar inserido ter feito 16 dos 24 deputados estaduais, seis dos oito federais e o único senador, na figura de Laércio Oliveira.
Isso passa a ser de menor importância diante de um suporte do tamanho do que Valmir traz.
E a opção de Valmir em si é, certamente, a mais ajustada. Diz-se que a mais esperada, porque de fato o DNA de Fábio e de seu grupo está muito mais impregnado na lutas judiciais para tornar mesmo inviável a candidatura dele ao Governo de Sergipe do que o DNA de Rogério.
Valmir alegou isso nesta manhã de declaração de apoio a Rogério. Valmir alegou – e também está certo – que não é político de ficar em cima do muro – e que daí a opção rogerista.
Portanto, os acontecimentos desta manhã de segunda-feira, 10, terão fatalmente impacto real, concreto e demolidor nas decisões do domingo, dia 30.
E não é abusiva a previsão de Rogério Carvalho tem de um tudo para se eleger governador. É, parece, somente questão de dias e de não bater na mãe e nem jogar pedra na cruz.
Fonte: JLPolitica