A deputada Maria Mendonça (PDT) protocolou, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), o Projeto de Lei (PL) que estabelece a instituição da Semana Estadual da Mulher do Campo, a ser comemorada anualmente na última semana do mês de maio, tendo inclusão no Calendário Oficial de Eventos de Sergipe. A parlamentar destacou que a proposta visa promover diversas ações que valorizem e capacitem as trabalhadoras rurais do Estado.
O PL estabelece que, durante a semana comemorativa, sejam realizados debates, palestras e outros eventos sobre a importância da mulher na agricultura familiar, cursos de capacitação técnica em áreas de atuação rural, e divulgação de políticas públicas voltadas à essa população. “Além disso, a nossa propositura propõe o incentivo a criação de grupos, associações e cooperativas de trabalhadoras rurais, pois, no nosso entender, é através da união dessas batalhadoras que elas conseguirão se fortalecer, a fim de superar os diversos desafios da profissão e da vida, enquanto mulheres”, enfatizou a deputada estadual.
De acordo com Maria, a desigualdade de gênero também está presente no campo. “E não podemos fechar os olhos para esse triste fato. Portanto, é imprescindível a promoção de projetos que empoderem as mulheres que trabalham na zona rural, uma atividade dura e cheia de desafios”, disse, ressaltando que a Semana Estadual da Mulher do Campo tem o objetivo de oferecer mais visibilidade “a essas guerreiras”, que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comandam 20% dos estabelecimentos agropecuários do Brasil.
Maria Mendonça ressaltou, ainda, outro dado divulgado pelo IBGE, segundo o qual até 2018, último ano pesquisado pelo instituto a respeito do tema, o valor médio da hora trabalhada era de R$ 13 para as mulheres, e de R$ 14 para os homens. Ou seja, o valor do rendimento da mulher foi de 91% daquele recebido pelos homens. “Lembremos que, assim como as profissionais da cidade, as trabalhadoras rurais possuem afazeres domésticos e tarefas relacionadas a filhos. São múltiplas jornadas, e, mesmo assim, recebem menos do que os homens. Nosso trabalho se dá no sentido de mudar, para melhor, esse cenário inadmissível”, salientou.
Por Assessoria de Imprensa