Na manhã dessa terça-feira, 12 de julho, o deputado estadual Francisco Gualberto (PSD) utilizou a Tribuna da Casa para comentar e fazer uma análise sobre a morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. O parlamentar entende que a escala da violência no Brasil vem sendo incentivada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e seus apoiadores.
Jornais, sites e agências de notícia mundiais e nacionais noticiaram nesta última segunda-feira (11) a morte do tesoureiro do PT, de 50 anos, em Foz do Iguaçu (Paraná), após ser baleado pelo policial penal federal Jorge Guaranho na madrugada de domingo (10).
O deputado defende que a apologia à violência não cabe em uma Democracia. “A apologia à violência vem sendo feita ao longo do tempo, e lamentavelmente isso vem sendo feita por quem jamais deveria fazê-lo, Jair Bolsonaro, presidente da República, e seus apoiadores. Infelizmente parecia fogo de monturo, e os sinais foram dados:liberação de 60 armas para um, dois mil projéteis, mais de 60 mil colecionadores têm armas, inclusive, armas restritas. É um exército armado! E todo incentivo psicológico vem sendo feito nesse sentido”, avalia.
No contexto da análise crítica, Gualberto repetiu a frase dita pelo presidente Jair Bolsonaro, em 2018, quando em campanha política, no Estado do Acre. “Vamos fuzilar a petralhada”. Com isso, o parlamentar frisou que o tesoureiro do PT foi morto por ter como temática da sua festa de 50 anos o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula. Enquanto que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou o aniversário de 38 anos no domingo (10), com um bolo decorado, em formato de arma de fogo e munição.
“A gente precisa desestimular essa violência, e fazer o discurso correto, por meio da democracia. A vitória deve ser pelo voto, pela disputa dos projetos. Quem quer ficar no poder pelas armas está fora do campo de Direto e da Democracia,portanto comete crime”, declarou.
Apelo
O deputado Gualberto encerra sua fala fazendo um apelo aos policiais – miliares, federais, civis – quanto a auto-fiscalização. “Que se quiser votar em Bolsonaro, faz. Se tiver de fazer campanha, faz. Mas não poder entender vidas humanas ser ceifada por divergência politica e pensamento. Precisamos fazer o maior esforço do mundo para, em Outubro, desmanchar essa onda de violência que acortina o povo brasileiro”, declarou.
Por Stephanie Macêdo – Agência Alese