O deputado Valadares Filho (PSB) participou, na manhã desta sexta-feira (10), de alguns programas de rádio. Entre os diversos assuntos abordados, destacamos o seu posicionamento em relação à privatização da Deso, a conspiração, agora revelada, que ocorreu durante o processo eleitoral de 2016 e o caos administrativo em que se encontra o governo do Estado. Confira um resumo de cada um destes tópicos sobre os quais o deputado foi questionado.
Privatização da Deso
Ao responder sobre a questão da privatização da Deso, Valadares Filho afirmou que tem duas preocupações. A primeira delas é que ele acredita existir, por traz disso, um amplo acordão político eleitoral para as eleições de 2018. Exatamente como ocorreu em 1998, com a venda da Energipe. Esse acordão está sendo discutido em gabinetes, sem que os interesses do povo sergipano venham em primeiro lugar. Ele também lembrou que, durante a campanha de 2014, existia a promessa de que a Deso não seria vendida.
A segunda preocupação, colocada pelo deputado, surgiu a partir de declarações recentes do governador, quando ele afirmou que a Deso precisa se ajudar, seus funcionários precisam se ajudar e que, inclusive, tem muita gente que recebe sem trabalhar. Valadares Filho foi enfático: “Não temos governador neste Estado? Ele não tomou posse há uma semana, 15 dias. Ele é governador do Estado há mais de três anos e não tomou nenhuma medida administrativa para corrigir essa situação?” Ele ainda disse que, além da oposição, a sociedade também já se mobiliza para enfrentar esse fato, a exemplo do ministério público, dos movimentos sociais, dos sindicatos etc.
Conspiração eleitoral
O deputado afirmou que o evento que ocorreu no Iate Clube, com a participação do prefeito de Salvador, ACM Neto, ficará marcado na história político eleitoral de Sergipe. Na ocasião, a presença da senadora Maria do Carmo desencadeou as denúncias de que havia um acordo velado com o então prefeito João Alves Filho, contaminando, assim, a sua proposta de renovação e de mudança para Aracaju: “Foi uma grande mentira, uma conspiração liderada pelo governador Jackson Barreto. O que houve foi a tentativa, com êxito, no segundo turno, de denunciar uma situação que nunca existiu. E os últimos acontecimentos políticos que estamos presenciando, mais uma vez comprova isso”. Ele referiu-se à interferência da senadora, a pedido do governador, para que Saumíneo Nascimento permanecesse na superintendência do Banco do Nordeste e, mais recentemente, à reunião, em seu gabinete no Senado, para tentar destituir o senador Valadares da liderança da bancada de Sergipe no Congresso. E concluiu: “Quem vence eleição à base de mentiras, um dia será vítima da verdade. E a verdade chegou”.
Caos administrativo x Comitê Eleitoral
Segundo Valadares Filho, o que está por traz da avassaladora vontade do governador de mostrar força política, é uma grande insegurança eleitoral com o julgamento do próximo ano, que será do seu governo: “O que foi julgado em 2016 não foi a gestão dele, foi a trágica gestão de João Alves. Mas o que será julgado em 2018 será a trágica gestão de Jackson Barreto”. Ele também afirmou que “o que existe hoje em nosso estado, não é um governo preocupado com os problemas administrativos. A gente não tem, na sede do Palácio dos Despachos, um governador que chame seus auxiliares e diga: hoje, nós vamos tratar do problema da Segurança, ou da Educação; hoje, eu quero saber o que faremos para regularizar o pagamento dos servidores e dos aposentados. A gente não vê isso. O que se vê, no Palácio, é um Comitê Eleitoral, com preocupações sobre quem será o próximo oposicionista a ser cooptado, com oferendas de cargos e outras benesses”. Valadares afirma, também de forma enfática, que o principal objetivo do governador é fazer política sem destinar tempo para a administração do Estado.
Fonte: Assessoria de Imprensa