O vereador Rodrigo Fontes (PSB) esteve, na manhã desta segunda-feira, 10, em audiência com a prefeita Emília Corrêa (PL) para tratar da viabilização de um projeto inovador para o tratamento da água dos canais de Aracaju. O projeto já está em fase de implantação nas capitais dos estados de Alagoas e Pernambuco, por meio da empresa MCH Ambiental, cujos representantes também participaram da audiência, a convite do vereador, para apresentar o sistema à gestora municipal.
“Este projeto já está em fase de desenvolvimento em Maceió e Recife e pode ser implementado para o tratamento das águas dos canais de Aracaju. Os canais, que hoje possuem água com mau cheiro, suja e que polui o Rio Sergipe, podem passar a ser tratados com tecnologia sustentável. A água pode vir a ficar cristalina, sem odor, permitindo até a criação de carpas. O que hoje é um problema de insalubridade poderá se tornar um ponto turístico para Aracaju”, destacou o vereador Rodrigo Fontes.
O projeto apresentado nesta segunda-feira trata-se do ‘Bio Guild’, uma tecnologia patenteada, desenvolvida pelo governo da Austrália, por um grupo reconhecido mundialmente e comprometido com questões relacionadas à sustentabilidade e ao reuso da água. Essa tecnologia promete oferecer um tratamento de até 98% de eficiência, com baixa pegada de carbono, operação simplificada e sistema autossustentável.
Thiago Machado, diretor de compliance da MCH Ambiental de Alagoas, e Bruno Jatobá, diretor executivo da mesma empresa, participaram da reunião com a prefeita, ao lado do vereador. “Buscamos desenvolver tecnologias voltadas para a sustentabilidade, principalmente no setor público, de acordo com as exigências dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Segundo esses critérios, é obrigatório que o setor público priorize contratos sustentáveis. Uma das tecnologias que desenvolvemos e trouxemos para o Brasil são os módulos biorreatores, que substituem a função de uma estação de tratamento de esgoto, porém com maior eficiência, menor emissão de carbono e impacto ambiental zero”, explicou Thiago Machado.
Ainda de acordo com o diretor de compliance da MCH Ambiental, o processo se inicia com um estudo sobre a origem do efluente — se doméstico ou hospitalar — para definir o melhor tratamento e tecnologia a ser aplicada, garantindo a melhor solução para o meio ambiente e a população.
“Essa tecnologia primeiro canaliza os detritos orgânicos do esgoto. Dentro dela, existem módulos biorreatores que ocupam uma área de 1,4 metro quadrado, ou seja, exigem pouco espaço para instalação. Cada módulo tem capacidade de tratar o esgoto de até 30 residências. O diferencial dessa tecnologia em relação ao que é ofertado no mercado é o impacto ambiental reduzido. A inovação trata a água por meio de uma colônia de micro-organismos dentro de nano cerâmicos de fibras, que incentivam a proliferação desses micro-organismos. Eles se alimentam dos dejetos orgânicos e devolvem uma água limpa”, detalhou Thiago Machado.
A prefeita Emília Corrêa ficou maravilhada com o projeto e prometeu avaliar, junto com sua equipe técnica, a viabilidade de implementação do sistema nos canais de Aracaju. “Está no nosso Plano de Governo cuidar dos canais da nossa cidade, e o que o vereador Rodrigo Fontes nos trouxe hoje é exatamente o que precisamos. Vamos analisar com os técnicos e, se Deus quiser, vai dar certo”, ponderou Emília.
Por Miza Tâmara