Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), desde a sua criação o Programa Mais Médicos, desenvolvido pelo Governo Federal, já beneficiou mais de 600 mil pessoas em Sergipe, número bastante significativo quando se volta o olhar para aquele cidadão em um município longínquo, onde a chegada de auxílio de saúde é cada vez mais difícil.
E de lá para cá, o programa ampliou a assistência médica e reforçou o atendimento regular nas Unidades Básicas de Saúde, além de recompor as equipes de Saúde da Família.
Atualmente, Sergipe conta com 170 profissionais atuando em todo o Estado. Apesar disso, 32 vagas estão em aberto. Porém, dessas 32 vagas ociosas 17 não serão repostas porque são de municípios que já não estão sendo mais incluídos nos editais.
De acordo com a Referência Técnica do programa em Sergipe pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Elisa Leite, a exclusão de três perfis para o programa inviabilizou a continuidade de alguns municípios.
“Nos editais anteriores podiam participar do Mais Médicos municípios que tivessem um elenco de perfil de um a oito, dependendo do IBGE. Neste ano, os editais que saíram já excluíram os perfis 1, 2 e 3. Algumas cidades que estão nesses perfis 1, 2 e 3 à medida que os médicos forem saindo eles não serão mais substituídos”, explica Elisa.
Em contrapartida, 15 vagas estão abertas em 13 municípios sergipanos por desistência de profissionais. “Houve desistência de médicos e essas vagas são referentes a essas desistências. Alguns médicos decidiram voltar para casa, outros passaram em residências, outros por problemas pessoais. São diversos os motivos”, esclarece a responsável pelo programa.
Os municípios que têm vaga são Monte Alegre, Santo Amaro das Brotas, São Domingos, Cristinápolis, Frei Paulo, Lagarto, Laranjeiras, Tobias Barreto, Ilha das flores, Simão Dias, Aquidabã, Poço Redondo e Propriá. Todos eles com uma vaga aberta, exceto Simão Dias e Aquidabã, que possuem duas vagas.
O último edital, o de nº 10/2019, foi lançado no mês de maio deste ano e o Governo Federal estabeleceu as regras para a adesão de municípios e profissionais a esta nova fase do programa, com foco nas áreas de maior vulnerabilidade social e de extrema pobreza.
Uma curiosidade sobre o programa: ainda existem médicos cubanos em Sergipe. Alguns deles fizeram o Revalida e outros que chegaram no início do programa casaram e possuem cidadania brasileira. Estes entraram nos editais para formados no exterior. No último edital, que foi para brasileiros formados no exterior, três cubanos entraram por possuir cidadania brasileira.